segunda-feira, 16 de março de 2009

Chávez assume controle de portos


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, determinou ontem que o Exército assuma o controle dos portos e aeroportos do país, em uma medida que aumenta a centralização e enfraquece os governos locais de oposição. Ele afirmou ter dado ordens para navios da Marinha tomarem o controle de Maracaibo e Porto Cabello, o mais movimentado do país, ainda esta semana. Os três principais portos venezuelanos ficam em Estados controlados por governadores oposicionistas - Carabobo, Zulia e Nova Esparta. Chávez ameaçou prender quem tentar impedir a troca de comando. "O governador de Zulia (Pablo Pérez) disse que defenderá o porto de Maracaibo. Bom, acabará preso", afirmou em seu programa de rádio e TV semanal Alô, presidente. Segundo o presidente, os portos estão dominados por "máfias regionais" e narcotraficantes. "É um tema de segurança nacional", justificou . "Vamos recuperar os portos e aeroportos de toda a República, essa é a lei."

Aécio começa hoje campanha política


Tem início hoje a temporada de viagens pelo país do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), como pré-candidato à Presidência da República. O destino: Recife, em Pernambuco. A passagem pelo Nordeste começa com o lançamento de um livro sobre o presidente Tancredo Neves, de autoria do jurista e ex-ministro da Justiça Fernando Lyra. Será seguida por uma homenagem à ex-primeira-dama Ruth Cardoso, no Instituto Teotônio Vilela, e um jantar com o senador e presidente do partido, Sérgio Guerra. Na comitiva, estarão parlamentares tucanos, como os deputados federais Rodrigo de Castro e Rafael Guerra, além do prefeito de Belo Horizonte, o socialista Márcio Lacerda.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Presidentes do STF e do CNJ, sempre unidos


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, propôs "uma corregedoria judicial" ou outra forma de controle externo das instituições policiais, a propósito de supostas escutas telefônicas que teriam sido feitas indiscriminadamente pela Polícia Federal (PF) no decorrer das investigações da Operação Satiagraha - que resultariam em dois pedidos de prisão do empresário Daniel Dantas pela justiça de primeira instância, seguidas de dois habeas corpus de Mendes que beneficiaram o empresário.

Essa pode ser uma discussão para se colocar na mesa em um debate sobre a ampliação da democracia brasileira, e seria recomendável que se discutissem com seriedade limitações à atuação das polícias que lidam diretamente com a segurança pública, e sobre as quais, em especial nos grandes centros urbanos, chovem acusações de violações de direitos humanos. Mas seria bastante conveniente se, aproveitando a oportunidade, fosse debatida igualmente uma forma de controle externo do Judiciário. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é uma experiência de eficiência bastante duvidosa quando se tem uma gestão personalista e voluntariosa no STF. Acaba se tornando um instrumento de controle pessoal sobre as instâncias inferiores e não consegue coibir uma expansão excessiva de poder da presidência do Supremo.


É difícil falar em atuação independente do CNJ. Um exemplo disso é o fórum criado pelo CNJ e pelo STF para analisar as ações relativas a problemas fundiários. Essa iniciativa resulta de mais um conflito público de Mendes. Na semana passada, ao comentar do assassinato de quatro capangas de uma fazenda por integrantes do Movimento do Sem Terra (MST) - um crime que pode chegar a ser julgado pelo Supremo que preside, e existem grandes chances de isso acontecer -, Mendes aproveitou e apontou o dedo acusador para o governo. Acusou-o de ser conivente com atos ilegais do MST. Não satisfeito, atacou o Ministério Público Federal. "Os recursos públicos não são recursos do governo. Será que nós na sociedade queremos pagar por isso? (...) Claro que nós não podemos esperar. Do contrário, daqui a pouco nós vamos ficar celebrando uma missa de sétimo dia, missa de trigésimo dia, missa de um ano. Nós estamos falando em mortes", disse o presidente do STF, cobrando o MP. Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva relativizou as opiniões do ministro, afirmando que ele falou como cidadão, Mendes esclareceu: não falou como cidadão, não, mas como "presidente do Judiciário".


Daí, o presidente do STF, Gilmar Mendes, reagiu contra o governo que atacou e acordou com o presidente do CNJ, Gilmar Mendes, que o conselho vai fazer um "fórum" para monitorar as decisões judiciais e o cumprimento delas em todos os Estados.


O STF, com a vigência da súmula vinculante, passou a ter um enorme controle sobre as decisões de instâncias inferiores da Justiça. Faz parte do jogo, mas esse é um poderoso instrumento de centralização do Judiciário. Paralelamente, o CNJ, a partir do início da presidência de Gilmar Mendes, tem atuado como força auxiliar do Supremo. Mendes deu dimensão a isso, por exemplo, quando usou os cargos cumulativos na presidência do STF e do CNJ para pedir, em nome das duas instituições, ao corregedor-geral do Tribunal Regional Federal da 3ªregião, desembargador André Nabarrete, que acionasse o juiz Fausto De Sanctis, que decretou a prisão de Dantas duas vezes. A acusação é a de que De Sanctis teria afrontado todo o STF, na figura de Gilmar Mendes. Gilmar Mendes, presidente do Supremo, e Gilmar Mendes, presidente do CNJ, reclamam oficialmente contra um juiz que teria atentado contra todo o Supremo, na figura de Gilmar Mendes.


Ao botar o seu dedo na questão dos conflitos de terra, que tem um potencial explosivo muito grande e deve ser tratada preferencialmente como política de governo (que tem votos e mecanismos de negociação para evitar a radicalização de lado a lado), Mendes conseguiu ir além do que o próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, que não poupa críticas ao governo Lula. FHC acusou o governo de ser indulgente com o MST, mas evitou condenar o repasse de recursos a assentamentos. "Não existe reforma agrária sem o repasse de recursos a assentamentos. O que é preciso saber é se são legítimos", afirmou. Os governos de FHC não foram nada tolerantes com o MST, mas nem o tucano conseguiu evitar de incluir repasses a assentamentos como políticas de governo.


A questão agrária tende a provocar cada vez mais conflitos, daqui até a eleição de 2010. Os partidos políticos claramente manipulam o tema com fins políticos. E já existe uma evidente radicalização ideológica em torno do tema, que se acirrou com ofensivas e contra-ofensivas de proprietários rurais e sem-terras. Não é preciso colocar mais lenha nessa fogueira.


Maria Inês Nassif

quarta-feira, 11 de março de 2009

Gilmar Mendes será sabatinado no próximo dia 24 . Vamos lá?


A Folha vai sabatinar no próximo dia 24, das 10h às 12h, o ministro Gilmar Ferreira Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal. As inscrições para participar do evento estão abertas para os assinantes do jornal.Mendes, 53, será entrevistado pelos colunistas Fernando Rodrigues, Eliane Cantanhêde e Mônica Bergamo e pela editora do Painel, Renata Lo Prete. O ministro também responderá a perguntas enviadas por escrito pelos espectadores no dia do evento.Os interessados em participar podem se inscrever de segunda a sexta, das 14h às 19h, pelo telefone 0/xx/11/ 3224-3473 ou pelo e-mail eventofolha@grupofolha.com.br. É preciso informar nome completo, telefone, RG e código do assinante. A sabatina será realizada no Teatro Folha (avenida Higienópolis, 618, 2º piso, localizado no shopping Pátio Higienópolis).Também presidente do Conselho Nacional de Justiça, Mendes foi nomeado ministro do Supremo em 2002, por indicação do então presidente Fernando Henrique Cardoso. Formado em direito pela Universidade de Brasília, onde é professor de direito constitucional, o ministro passou a presidir o STF no ano passado.

Sentença da Justiça, em última instância, determinou que Kassab criasse mais 619 vagas, sob pena de multa


O prefeito Gilberto Kassab (DEM) afirmou ontem que pretende cumprir a decisão judicial que determinou a abertura imediata de 619 vagas em creches no bairro da Penha, zona leste de São Paulo, mas não se comprometeu com prazos.
De acordo com sentença do Supremo Tribunal Federal -para a qual não cabe mais recursos-, a Prefeitura de São Paulo terá de atender às crianças sem creche em um prazo de até 15 dias após ser notificada, o que ainda não ocorreu.
Se não cumprir a decisão, a gestão Kassab terá de pagar diariamente uma multa no valor de três salários mínimos por criança que não for atendida (R$ 1.395). O dinheiro será depositado no fundo de interesses difusos e coletivos e, posteriormente, usado "na reparação específica dos danos causados", conforme determina a lei.
Questionado ontem sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal e sobre as outras ações propostas, o prefeito respondeu: "A Justiça é parceira nossa. Não vou falar em prazo, seria uma leviandade, posso dizer que a Justiça sempre será atendida".
Kassab disse ainda que sua equipe teve, dois meses atrás, uma reunião com representantes do Ministério Público Estadual para tratar do assunto. "Teremos em breve uma nova reunião", afirmou.
Procurada pela reportagem da Folha, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação não respondeu se tinha ou não um plano para atender à determinação judicial que a obriga a criar vagas.
O déficit de vagas para crianças de zero a três anos, estimado pela prefeitura em 80 mil na cidade de São Paulo, vem se transformando num dos principais problemas do prefeito. No ano passado, durante a campanha eleitoral que o reelegeu, ele se comprometeu a não deixar nenhuma família sem atendimento ao final de seu segundo mandato, que acaba em 2012.

PPPs
A principal aposta do prefeito para tentar zerar o déficit, as parcerias público-privadas para a abertura de cerca de 40 mil vagas na capital, teve a licitação suspensa por determinação do TCM (Tribunal de Contas do Município).
O processo está parado há oito meses, período em que o Tribunal de Contas vem tirando dúvidas com a Secretaria Municipal de Educação a respeito do edital de licitação.
Além da recente decisão do Supremo, a gestão Kassab enfrenta outros pedidos na Justiça para a abertura de pelo menos 5.000 vagas. Estão abertos 14 processos e outras duas ações estão prestes a ser propostas pelo Ministério Público.

terça-feira, 10 de março de 2009

As fortunas que a família Maia esconde do Fisco

O QUE AGACIEL ESCONDE

Acima, a mansão de R$ 5 milhões de propriedade de Agaciel Maia (à esq.), que estava no nome do irmão João

Agaciel Maia, ex-diretor-geral do Senado, caiu por ocultar uma mansão. Seu irmão, o deputado João Maia, não declarou à Justiça Eleitoral um avião





O QUE JOÃO ESCONDE
O avião bimotor Sêneca que foi omitido da declaração de bens apresentada por João Maia (acima) à Justiça Eleitoral
Flagrado como dono de uma mansão de R$ 5 milhões não declarada ao Fisco, o ex-todo-poderoso diretor-geral do Senado Agaciel Maia caiu na semana passada. Foram 15 anos como guardião de um cofre de onde saem quase R$ 3 bilhões por ano, verba maior que o orçamento público de cidades importantes, como Porto Alegre. Querido por muitos senadores, “doutor Agaciel”, como era chamado, resistira firme a outros escândalos em que estivera sob suspeita de corrupção. Desta vez, foi demitido para tentar reduzir os desgastes à já combalida imagem do Senado. Mas o caso da mansão acabou por jogar luz sobre outro personagem, do outro lado do Congresso: o irmão de Agaciel, o deputado federal João Maia, do PR do Rio Grande do Norte.

João Maia era um deputado do baixo clero no exercício discreto de seu primeiro mandato. Ganhou notoriedade com a descoberta da mansão de R$ 5 milhões de Agaciel: era em nome dele, João Maia, que o imóvel estava registrado. Por causa do rolo do irmão, descobriu-se que, a exemplo de Agaciel, o deputado também esconde bens. Um deles chama a atenção: um avião. Maia, que chegou ao Congresso após uma campanha endinheirada que fez dele um dos deputados mais votados do Rio Grande do Norte, é dono de um bimotor Sêneca avaliado em meio milhão de reais que, igualzinho ao episódio da mansão, também não foi incluí­do em sua lista de bens declarados à Justiça Eleitoral. “Não está na minha declaração? Não acredito”, disse o deputado a ÉPOCA, na quinta-feira, com a cara de quem queria mostrar surpresa. “Vou mandar retificar já, vou retificar”, afirmou.

O avião omitido na declaração de bens de João Maia fica estacionado no setor de hangares do aeroporto de Natal. “Fica lá, tomando sol”, diz o deputado. A aeronave tem capacidade para um piloto e cinco passageiros e atinge velocidade de cruzeiro de 300 quilômetros por hora. Dentre os modelos de sua categoria, é tido como um avião bastante confortável – conforto que, por sinal, João Maia faz questão de compartilhar. O deputado só oculta o bimotor na declaração de bens. Os amigos e compadres da política não só sabem da existência do avião, como costumam utilizá-lo. Entre os passageiros frequentes do aviãozinho estão dois de seus conterrâneos mais proeminentes na política nacional: os senadores Garibaldi Alves (PMDB), ex-presidente do Senado, e Agripino Maia, líder do Democratas. “Eu empresto mesmo. Qual é o problema?”, afirma.

João Maia diz ter adquirido o avião antes de eleger-se deputado. Até por isso, ele deveria ter sido mencionado em sua relação de bens informada à Justiça Eleitoral. Não consta. O deputado afirma que comprou o bimotor por R$ 488 mil, de uma distribuidora de petróleo, e que o pagamento foi efetuado com dinheiro de suas próprias contas bancárias. “Foi uma transferência bancária”, diz. Ele só não sabe explicar a razão pela qual não declarou o avião. Na quinta-feira, disse que procuraria seus contadores em busca de explicação. “A minha contadora, no Rio, vai ter de dizer o que houve.” De lá para cá, o deputado não atendeu mais os telefonemas de ÉPOCA.

Apesar de carregarem o mesmo sobrenome de uma das principais oligarquias políticas do Rio Grande do Norte, o deputado João e seu irmão Agaciel nasceram em família pobre, em Jardim de Piranhas, no sertão potiguar. São parentes distantes dos Maias tradicionais. Ainda jovens, foram tentar a vida em Brasília. João era comunista convicto. No movimento estudantil, integrou as fileiras do Partido Comunista Brasileiro. Acabou expulso da Universidade de Brasília pela ditadura. Mudou-se para o Rio de Janeiro. Agaciel permaneceu na capital federal e conseguiu a façanha de enriquecer na vida pública, a ponto de morar numa casa avaliada em R$ 5 milhões. João virou professor universitário no Rio de Janeiro. Só voltou a Brasília mais tarde. Primeiro, como burocrata no governo de José Sarney. Depois, no governo Collor, foi um dos principais integrantes da equipe de Zélia Cardoso de Mello no Ministério da Fazenda.

João Maia diz que enriqueceu depois de deixar o governo Collor. “Foi quando eu fui ganhar dinheiro na iniciativa privada”, afirma. De volta ao Rio, Maia atuou ao lado do empresário Nelson Tanure na aquisição de estaleiros falidos. As transações foram patrocinadas, indiretamente, por fundos de pensão estatais controlados pelo governo do qual João Maia tinha acabado de sair.

Há outros rolos do deputado no mundo empresarial. Ele aparece como sócio do irmão Agaciel numa empresa aberta em 1994, no Rio Grande do Norte. No papel, seria uma rádio. “Essa empresa não funciona na prática”, diz. “Eu não tenho negócios com o Agaciel.” João Maia também figura como sócio de empresas de tecnologia em São Paulo que afirma desconhecer – uma delas, aliás, deve à Receita Federal e à Previdência. Em Caicó, no sertão potiguar, o deputado pôs em nome de uma funcionária, Maria Suerda Medeiros, 51% das ações de uma firma que usa para arrendar a rádio de maior sucesso da região, a Caicó AM. O arrendamento de uma concessão pública, operação sobre a qual o deputado fala sem reservas, é ilegal. Como se vê, a exemplo do irmão, João Maia também tem muitas coisas a explicar.(Revista Época)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Russo desiste de comprar mansão de brasileira por R$ 1,48 bi



O milionário russo Mikhail Prokhorov desistiu de comprar a mansão Villa Leopolda, localizada na Côte d'Azur, no sul da França, e que pertence à brasileira Lily Safra, viúva do ex-banqueiro Edmond Safra. O comerciante de metais já havia realizado um depósito pela residência de 500 milhões de euros (R$ 1,48 bilhão), mas decidiu não continuar com a aquisição depois que a crise financeira se estendeu. O sinal de intenção de compra dado por Prokhorov pode ser destinado a caridade.

Situada em uma colina de Villefranche-sur-Mer, entre Nice e Mônaco, a Villa Leopolda, como a casa é chamada, foi construída no estilo Belle Époque e ocupa um terreno de oito hectares (80 mil m²). O espaço ainda inclui um jardim com 1,2 mil oliveiras, além de outras árvores como limoeiros e laranjeiras.

Cerca de 50 jardineiros trabalham diariamente no local, que possui uma vista privilegiada do balneário de Saint-Jean-Cap-Ferrat, um dos mais sofisticados da Riviera Francesa, com inúmeras propriedades de luxo.

A casa havia sido adquirida pelo rei Leopoldo II, da Bélgica, em 1902 pelo valor simbólico de apenas um franco.

Mais tarde, a residência real foi transformada em um hospital para os feridos da 1ª Guerra Mundial. Antes de integrar o patrimônio da brasileira Lily Safra, que a recebeu de herança em 1999, a propriedade havia pertencido à família Agnelli, proprietária da Fiat.

Edmond Safra, morto em um incêndio criminoso em sua residência em Mônaco, costumava oferecer grandes recepções na Vila Leopoldina, que atraíram personalidades como Frank Sinatra e o ex-presidente americano Ronald Reagan.

Lily Safra ocupa a 11ª posição da lista das mulheres mais ricas do mundo, compilada no ano passado pela revista britânica Eurobusiness, com um patrimônio estimado em US$ 4,7 bilhões.

Com BBC Brasil

Um grupo de deputados corruptos lançaram o Grupo anticorrupção


Batizado de Movimento pela Transparência (MPT), o grupo de deputados e senadores fundado nesta semana para fazer avançar iniciativas contra a impunidade terá como primeira missão levar à votação na Câmara, em segundo turno, a emenda constitucional que acaba com o voto secreto em plenário, até mesmo para cassação de mandatos.

A proposta foi aprovada em primeiro turno pelos deputados em setembro de 2006, mas acabou abandonada. Por alterar a Constituição, tem de ser aprovada em dois turnos na Câmara e depois submetida ao Senado. Na próxima semana, o movimento levará a reivindicação de incluir o projeto na pauta de votações aos líderes partidários e ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).

O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) disse duvidar de um acordo para a votação. "Acho que vai ter que ser com pressão mesmo", afirmou. "Vamos ao Colégio de Líderes e começaremos a denunciar os caras que estão contra a votação. O fato de não deixar ir a plenário é autoritário. Quem for contra tem de votar contra. Temos de explicitar quem é contra a votação", afirmou Gabeira, que deverá assumir a coordenação do movimento. A primeira reunião de trabalho aconteceu na noite de terça-feira e reuniu 27 deputados e dois senadores de sete partidos, entre governistas e oposicionistas.

Outra bandeira será levada ao Senado, onde os parlamentares farão pressão para que, a exemplo da Câmara, sejam divulgadas as prestações de contas dos gastos dos senadores com a verba indenizatória - benefício de R$ 15 mil mensais para despesas com o exercício do mandato. Presente à reunião, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que, sem citar nomes, apontou a prática de corrupção em seu partido, prometeu reunir entre seis e oito senadores no próximo encontro, marcado para terça-feira que vem. O outro senador presente foi o líder do PSB, Renato Casagrande (ES).

Entre os deputados, estiveram representantes do PMDB, do PSDB, do DEM, do PPS, do PSB, do PSC e do PV. Segundo Gabeira, a estratégia do grupo é fazer "pressão continuada até o ano eleitoral" de 2010. "Pode dar bons resultados. Em ano de eleição, os políticos não podem entrar em choque com a opinião pública", disse o parlamentar do PV.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Vídeo indica que cargos na polícia eram ‘vendidos’


O líder cubano, Fidel Castro, apoiou ontem publicamente a ampla reforma de gabinete feita por seu irmão, o presidente Raúl Castro, e justificou a destituição de alguns ministros dizendo que eles eram ambiciosos. "O mel do poder despertou (em alguns ministros) ambições que os conduziram a um papel indigno", escreveu Fidel, num artigo no site Cubadebate. "O inimigo externo encheu-se de esperanças com eles."

Fidel não citou nomes, mas ao referir-se a "dois ministros mencionados pelas agências de notícias como os mais afetados pela reforma" não deixou muitas dúvidas sobre os alvos dos ataques: o reformista Carlos Lage, de 57 anos, que perdeu o posto de secretário executivo do Conselho de Ministros (uma espécie de "premiê"), e Felipe Pérez Roque, de 43 anos, o agora ex-ministro das Relações Exteriores. Ambos estavam nas listas dos líderes que poderiam substituir Fidel na presidência quando ele renunciou, há pouco mais de um ano, e - ironicamente - eram tidos como dois de seus mais leais seguidores.

O líder cubano também disse que foi consultado sobre a reforma e negou que o objetivo das mudanças fosse trocar seus aliados por gente de confiança de Raúl. "A maioria dos substituídos não foi indicada por mim", escreveu.

Na maior reestruturação do gabinete cubano em décadas foram destituídos mais de uma dezena de funcionários do alto escalão. Também foram fundidos alguns ministérios com o objetivo de "tornar o governo cubano mais eficiente".

Saíram figuras políticas de peso e entraram membros da linha dura do Partido Comunista e tecnocratas relativamente desconhecidos, que até agora ocupavam o segundo escalão dos ministérios, além de militares.

GENERAIS

Agora, a alta cúpula do governo cubano tem um total de dez militares. Lage, por exemplo, foi substituído pelo general José Amado Ricardo Guerra no Conselho Ministros - mas manteve seu cargo de vice-presidente. Já Pérez Roque cedeu lugar a seu vice, o ex-embaixador de Cuba na ONU, Bruno Rodríguez Parrilla.

"Acho difícil que Lage ou Pérez Roque representassem uma ameaça para Raúl. Até porque, para que essa ameaça fosse real, eles precisariam ter o apoio dos quartéis, sobre os quais o controle do presidente é grande", disse ao Estado José Azel, pesquisador do Instituto de Estudos Cubanos e Cubano-Americanos da Universidade de Miami, nos EUA. Ele lembra que, antes de assumir o governo da ilha, o irmão de Fidel era o chefe das Forças Armadas.

"São típicos do governo cubano discursos como esse sobre as ambições dos ministros. De tempos em tempos eles servem para justificar porque uma ou outra autoridade foi ?queimada?", disse Azel. "O mais provável, porém, é mesmo que Raúl tenha feito as reformas para cercar-se de sua gente - pessoas de sua estreita confiança, alinhadas com suas ideias."

Segundo analistas, é cedo para saber se as mudanças teriam como objetivo frear ou acelerar as reformas econômicas. O economista cubano Carmelo Mesa-Lago chama a atenção para o fato de que entre os destituídos há conservadores e figuras importantes no programa cultural e educacional conhecido como "batalha das ideias", que acompanhou, no início da década, a revisão das reformas econômicas dos anos 90.

Seria esse o caso de Otto Rivera, substituído no cargo de vice-presidente do Conselho de Ministros pelo comandante histórico da revolução Ramiro Valdés. "Ao mesmo tempo, também estão saindo reformistas como Lage", diz Mesa-Lago. "De qualquer forma, as mudanças feitas por Raúl nos últimos meses foram tímidas, o que faz com que as esperanças dos cubanos estejam mais depositadas no governo dos EUA - com seu aceno a uma flexibilização nas relações com a ilha - do que em Havana."

COM REUTERS E AP

MOVENDO PEÇAS

Bruno Rodríguez Parrilla - Com a reforma, assumiu o cargo de chanceler no lugar de Felipe Pérez Roque, que era tido como o homem forte de Fidel Castro. Representou Cuba na sede da ONU, em Nova York, de 1995 a 2003

Ramiro Valdés Menéndez - Veterano da Revolução Cubana, lutou ao lado de Fidel e sempre foi considerado próximo a Raúl Castro. Com a reforma, assumiu o cargo de vice-presidente do Conselho de Ministros

Marino Murillo Jorge - Próximo de Raúl, foi ?promovido? de ministro de Comércio para ministro da Economia e Planejamento, substituindo José Luis Rodríguez

José Luis Rodríguez - Deixou o cargo de ministro da Economia, depois de 11 anos. Fluente em inglês, participava de foros internacionais, como o de Davos, na Suíça, onde era visto como o economista cubano de maior projeção

Carlos Lage D?Ávila - Considerado reformista, perdeu seu cargo como secretário-geral do Conselho de Ministros. Chegou a ser cotado como possível sucessor de Fidel, mas acabou perdendo prestígio com a reforma

Felipe Pérez Roque - Assumiu o Ministério das Relações Exteriores em 1999, se tornando o ministro mais jovem do regime. Também esteve na lista de possíveis substitutos de Fidel, de quem foi secretário particular

terça-feira, 3 de março de 2009

Petrobras lucrará 57% mais, prevê corretora


O lucro líquido da Petrobras no quarto trimestre do ano passado alcançará R$ 7,957 bilhões, valor 57% superior ao registrado no mesmo período de 2007, segundo estimativa da corretora de valores Geração Futuro.

A perspectiva positiva da corretora vale para quase todos os números do balanço da estatal petrolífera. Para a Geração Futuro, a Petrobras apresentará números negativos apenas no Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortizações).

"A desvalorização do real deve contribuir com um resultado financeiro positivo, em virtude da posição ativa líquida da companhia em dólar", explica a corretora por meio de comunicado. Outros motivos apontados pela empresa do setor financeiro como fatores que auxiliaram na expansão do lucro da estatal é o aumento de 4,7% da produção de petróleo da Petrobras no quatro trimestre de 2008 sobre igual intervalo de 2007. Além disso, "a demanda de combustíveis, apesar da redução mundial, subiu 4,0%" no Brasil. A estabilidade dos preços dos carburantes também contribuiu para o resultado. "Os preços dos combustíveis (gasolina e diesel), continuam nos mesmos patamares registrados após os reajustes efetuados em abril de 2008", diz a corretora.

A Geração Futuro estima que o Ebitda da estatal petrolífera vai retrair 2,4% na comparação com os três últimos meses de 2007, atingindo R$ 11,7 bilhões. "Mundialmente já se percebe retração na demanda por petróleo e derivados associada a uma queda acentuada nos preços", alerta no documento. Ainda de acordo com as projeções da corretora de valores, a receita líquida da estatal deve ser 22,4% superior a registrada no mesmo intervalo do ano anterior, para R$ 55,6 bilhões.

O lucro operacional da companhia será 32,4% maior no quarto trimestre do ano passado em relação com o mesmo período de 2007, somando R$ 11,9 bilhões. O lucro bruto deve ficar em R$ 16,6 bilhões, alta de 0,6%.

domingo, 1 de março de 2009

É Lula de novo! Desta vez, vice de Dilma


Você não vai querer ser governado por ele, vai?

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